Sobre a Doença

A endometriose é uma doença que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. O endométrio, por sua vez, é a camada interna do útero, que se renova mensalmente pela menstruação.

A endometriose é uma doença mais freqüente do que as pessoas imaginam. Estima-se que 15% das mulheres entre 15 e 45 anos de idade possuem essa doença. Esse percentual sobe para até 70% quando a mulher apresenta história de infertilidade ou dor pélvica.

Os locais mais atingidos pela endometriose são: ovários, fundo de saco de Douglas (atrás do útero), fundo de saco anterior (à frente do útero), ligamentos que sustentam o útero, trompas, septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), intestino, bexiga, e parede da pelve.

A endometriose pode se apresentar de diversas maneiras, porém o principal sintoma é a cólica menstrual, o que pode atrapalhar a vida social e no trabalho, podendo haver também dores fora do período menstrual e nas costas. A vida conjugal pode ser prejudicada pelas queixas de dor na relação sexual e pela infertilidade, que é definida pela ausência de gravidez após um ano de atividade sexual sem o uso de métodos contraceptivos.

A teoria mais aceita para o desenvolvimento da doença é a de que no momento da menstruação, parte do sangue eliminado passa pelas trompas e cai dentro da barriga. Esse sangue contém células que têm a capacidade de crescer em diversas regiões da cavidade abdominal. Daí, quando o sistema imunológico, que é responsável pela defesa do organismo não consegue eliminar essas células, elas podem se instalar e proliferar, levando ao estabelecimento da doença.

Existem alguns exames disponíveis que auxiliam no diagnóstico da doença, porém só se pode ter certeza da presença de células endometriais em locais não fisiológicos, através do estudo histopatológico, ou seja, com biópsia do tecido.

Como já foi dito, a endometriose é uma das causas de infertilidade. Por isso, o tratamento da doença consegue aumentar as chances de gravidez naquelas pacientes que não conseguem gestar pela presença dessa doença, tanto espontaneamente, quanto por técnicas de fertilização assistidas, como por exemplo, a inseminação artificial e a fertilização in vitro.

Basicamente, existem duas modalidades terapêuticas para esta doença: os métodos hormonais e os métodos cirúrgicos. Em se tratando de melhora da fertilidade, o tratamento cirúrgico se apresenta como o melhor método, pois consegue aumentar significativamente as taxas de gravidez em qualquer estágio da doença em até cerca de 50%, com a remoção de todo o tecido endometrial ectópico presente na cavidade abdominal.

Em casos mais graves, nos quais a cirurgia pode não ser capaz de restaurar a fertilidade, as técnicas de reprodução assistida aparecem como a única solução plausível. Importante ressaltar que quanto mais idade tiver a paciente, piores são os resultados do tratamento desta doença. Assim sendo, pacientes com mais de 35 anos e que são inférteis devido à presença de endometriose, não devem retardar muito o tempo da intervenção terapêutica.

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