Uma das formas cirúrgicas de tratar a endometriose é por meio da videolaparoscopia que permite a retirada de todos os focos visíveis da doença.
Realizada por meio de pequenas aberturas de 1 a 2 centímetros e, com uma micro câmera que é introduzida na região abdominal, esta técnica trouxe muitas vantagens às pacientes esteticamente, além de garantir uma rápida recuperação pós-operatória.
Com o avanço da tecnologia durante os anos, esta modalidade cirúrgica evoluiu ao ponto de ser realizada com robôs.
No Brasil, desde 2008, a cirurgia robótica é feita através da plataforma da Vinci Surgical System, passando a permitir que, com um console onde o cirurgião fica confortavelmente sentado, o procedimento seja realizado ao se obter imagens em 3D de altíssima resolução produzidas de forma idêntica à videolaparoscopia.
Neste console existem joysticks de extrema precisão, que permitem ao controlador realizar movimentos com as pinças acopladas aos braços robóticos. Eles possuem uma rotação de 360 graus reproduzindo com facilidade os movimentos humanos e são capazes de alcançar, de forma delicada e precisa, estruturas anatômicas de difícil acesso.
Para dominar a técnica e controlar todo o equipamento, é preciso formar uma equipe especializada com cirurgiões que tenham passado por um rígido treinamento, criado pela própria fabricante do robô.
Saiba como desenvolver seus conhecimentos na prática da cirurgia robótica:
Muitos especialistas garantem que essa é a profissão do futuro, pois daqui há 10 ou 15 anos, ou se faz cirurgia robótica ou não se faz cirurgia. A tecnologia corre contra o tempo, e a cada vez mais o uso de robôs faz parte do nosso dia a dia.
O cirurgião que tem interesse em desenvolver suas habilidades e se aproximar cada vez mais das tendências do futuro, deve procurar um curso de certificação, aprimorar seus conhecimentos anatômicos e treinar repetidas vezes a padronização de manobras e abordagens, o que chamamos de sistematização.
Esse método de ensino, especialmente em cadáver fresco, permite ao profissional interagir com estruturas anatômicas de difícil acesso e treinar, inclusive, o controle de danos por meio da técnica.
Ao sistematizar, é possível repetir passos seguros. O cirurgião tem a noção de que aquele caminho, aquelas estruturas que são vistas, que são preservadas, podem ser reproduzidas sempre. Então a sistematização, permite ganho de tempo, eficiência e conhecimento de forma crescente.
Com a implantação da cirurgia robótica, a segurança e garantia de sucesso dos tratamentos cirúrgicos foram aumentadas consideravelmente. Todos os diversos protocolos de checagem proporcionam isso ao procedimento. Caso o cirurgião se distancie do console, sensores posicionados no local de controle fazem o sistema parar automaticamente.
Este tipo de cirurgia foi desenvolvida tanto para benefício dos cirurgiões quanto das pacientes, uma vez que não há necessidade de se abrir a paciente para ser realizada, garantindo menos perda de sangue, redução da dor, menor risco de infecção e um retorno bem mais rápido às atividade do dia a dia.
Conheça as vantagens da cirurgia robótica na solução da endometriose profunda:
As lesões de endometriose profunda normalmente não são fáceis de diagnosticar nos exames de rotina e visualizar nos procedimentos cirúrgicos.
Os focos são estruturas complexas e difíceis de tratar, geralmente eles ficam locados no trajeto de vários órgãos nobres como o uréter, os nervos pélvicos, artérias e órgãos como intestino e a bexiga.
Existem estudos publicados comparando cirurgias de endometriose profunda utilizando a laparoscopia convencional e a robótica. Algumas vantagens da cirurgia robótica são:
• Visão 3D;
• Diminuição do tremor;
• Melhor ergonomia cirúrgica.
A cirurgia robótica é atualmente a mais indicada para solucionar a doença sem comprometer o funcionamento das outras estruturas internas.
Muitas vezes complexa, ela demanda o suporte de uma equipe multidisciplinar também preparada para garantir a segurança, o rápido reestabelecimento e os melhores resultados para as pacientes.
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