A cólica menstrual é o tipo de dor em aperto ou pressão que acontece no ciclos menstruais. Ela também é conhecida cientificamente como dismenorreia. A cólica pode ser desencadeada pelo processo fisiológico inflamatório do ciclo menstrual ou por alguma doença secundária, como por exemplo, miomas, pólipos, endometriose, infecções e varizes pélvicas. A dor surge quando, durante a menstruação, há uma queda brusca dos hormônios sexuais femininos, com consequente descamação do endométrio e liberação de uma substância chamada prostaglandina.
A prostaglandina provoca uma reação inflamatória local estimulando as fibras nervosas do miométrio (musculatura do útero), provocando tanto uma contração da musculatura quanto uma maior sensibilidade dos vasos e fibras nervosas, ocorrendo desta forma a expulsão do tecido endometrial associado ao sangramento.
A intensidade da contração do miométrio e, consequente, estimulo nervoso sensitivo que é percebido como cólica varia muito de pessoa para pessoa. A dor tipo cólica pode aparecer principalmente nos primeiros ciclos da vida reprodutiva da mulher, porém é esperado que estes sintomas melhorem com a regularização da menstruação e persista por no máximo 03 anos após a menarca.
Existe uma escala visual analógica, na tentativa de quantificar a intensidade da dor, onde a pessoa marca em uma linha graduada de 10 centímetros a intensidade da sua dor tendo como parâmetros o ponto 0 (ausência de dor) e 10 (maior dor imaginável), e posteriormente este ponto é medido com uma régua. Desta forma, podemos verificar se a cólica interfere de alguma forma na qualidade de vida desta paciente, e se há necessidade de investigar doenças secundárias. Consideramos que a escala visual analógica acima de 07 é severa e inaceitável, devendo portanto ser tratada, para que a paciente possa viver adequadamente e ser diagnosticada precocemente para quaisquer doença ginecológica que provoque dor pélvica.
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