O que significa a dor pélvica e quando buscar ajuda profissional

A dor pélvica é uma dor na região abaixo do abdome, no famoso “pé da barriga”, que pode ser classificada como:

  • Crônica: quando os episódios de dor ocorrem por mais de seis meses, como as cólicas menstruais, que ficam indo e voltando.
  • Aguda: quando a pessoa sente dor pélvica às vezes, com um intervalo de seis meses ou mais entre os episódios de dor.

Essa dor afeta homens e mulheres, mas com maior prevalência no sexo feminino. A dor pélvica é mais comum em mulheres pois muitas vezes ela significa um sintoma de distúrbios no sistema reprodutor feminino.

Nas mulheres, esses episódios de dor pélvica podem ocorrer junto com o ciclo menstrual, surgindo também outros vários sintomas, como náuseas, vômito, febre e até mesmo sangramento vaginal.

Causas e sintomas da dor pélvica

Embora muitas mulheres considerem normal durante a menstruação, essa dor não deve ser negligenciada. Como dito anteriormente, a dor pélvica pode ser associada a outros sintomas, sinalizando uma doença mais séria.

A dor pélvica indica sinal de alerta quando é acompanhada por tontura, perda de consciência, sangramentos vaginais (que pode indicar doença inflamatória pélvica ou gravidez ectópica), episódios de febre e sudorese (que pode indicar inflamação). Ela também pode apontar para algo mais grave quando for muito intensa seguida de vômito ou náusea.

Por ser um sintoma ginecológico, nas mulheres a dor pélvica pode ser causada por:

  • Ovulação: em muitos casos essa dor ocorre em sincronia com o ciclo menstrual, principalmente no momento da liberação do óvulo. Essa dor no momento da ovulação também é chamada de mittelschmerz.
  • Cólicas dolorosas no período menstrual: também conhecida como dismenorreia, as dores também ocorrem no período menstrual, mas com uma duração maior e mais intensa também. Existe o tratamento medicamentoso para aliviar essas dores que acometem quase metade das mulheres em idade fértil.
  • Endometriose: ocorre quando há o crescimento de tecido endometrial fora da região intrauterina. Esse crescimento tecidual pode resultar em dores pélvicas no período menstrual e durante as relações sexuais. 
  • Miomas: os miomas são tumores benignos (também conhecidos como fibromas), que geralmente ocorrem em mulheres em idade reprodutiva. Embora os casos de evolução para um câncer no útero sejam raros, miomas com crescimento súbito devem ser retirados através de cirurgia. Nesse caso, a dor pélvica não tem relação com o ciclo menstrual, podendo ocorrer em qualquer momento.
  • Ruptura do cisto ovariano: ocorre quando um cisto desenvolvido no ovário se rompe causando uma intensa dor pélvica, que se inicia de repente e pode provocar até mesmo desmaio. Esse tipo de dor deve ser verificada e examinada pelo médico, pois esses cistos podem ser associados também com a endometriose. Em mulheres jovens geralmente não é necessário o tratamento, mas em mulheres que já passaram pela menopausa o cisto deve ser investigado e pode ser necessária a remoção cirúrgica.
  • Ruptura de gravidez ectópica: a gravidez ectópica ocorre quando há o desenvolvimento de uma gravidez fora do útero (como nas trompas, por exemplo). Quando há a ruptura dessa gravidez, independente da região onde estava ocorrendo, pode ocorrer um episódio de dor pélvica muito intenso, que se inicia do nada e pode ser acompanhado de sangramento vaginal e uma queda drástica da pressão. O médico deve ser procurado para realizar os exames necessários nesse caso, como uma ultrassonografia da pelve.
  • Câncer dos ovários: quando os sintomas começam a surgir nesse tipo de câncer ele geralmente está em estágio avançado. A dor pélvica é um dos primeiros sintomas apresentados e surge gradativamente, seguida de um sangramento vaginal anormal. O médico deve ser procurado para a realização de exames e início do tratamento.

O que a dor pélvica pode significar em mulheres mais velhas

Embora as mulheres mais velhas não estejam propensas às dores pélvicas associadas com a menstruação, após a menopausa as dores pélvicas podem ser causadas por várias outras causas, algumas associadas diretamente com a idade. As principais causas da dor pélvica em mulheres mais velhas são:

  • Cistite: a inflamação na bexiga pode ocasionar dores pélvicas, assim como outros problemas na bexiga também. Isso acontece pois com a menopausa a concentração do hormônio estrogênio diminui, o que enfraquece diversos tecidos, entre eles a bexiga, assim fraturas e infecções na bexiga acontecem com maior frequência.
  • Distúrbio do assoalho pélvico: o enfraquecimento desses tecidos pode contribuir para os distúrbios do assoalho pélvico, que é a queda de órgãos pélvicos como a bexiga.
  • Constipação: embora possa ocorrer em qualquer faixa etária, nas mulheres após a menopausa são comuns os relatos que relacionam a dor pélvica com quadros de constipação.

Qual é o tratamento para dores pélvicas?

O tratamento para a dor pélvica vai variar de acordo com a sua causa. Por isso é tão importante que a mulher consulte um médico. Para a investigação da causa da dor e tratamento da mesma alguns exames podem ser solicitados, como:

  • Ultrassonografia pélvica;
  • Exames de urina;
  • Exame de gravidez (em mulheres em idade fértil), e em caso de resultado positivo é realizada a ultrassonografia para identificar uma possível gravidez ectópica.

Procure um especialista

Como foi mostrado, as causas das dores pélvicas são muito variadas e podem ser apenas dores normais do período menstrual ou estar sinalizando para doenças mais sérias. Por isso, é extremamente necessário que a mulher que apresenta dores pélvicas (seja crônica ou aguda) se atente aos outros sintomas que estão ocorrendo, e procurem um médico para investigação da causa e, caso necessário, tratamento ideal.

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