Tudo o que você precisa saber sobre a laparoscopia

A laparoscopia é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo que serve para que o médico possa visualizar os órgãos internos por meio de pequenas incisões no abdome, com o auxílio de uma câmera que permite uma visualização interna em tempo real durante a cirurgia.

A técnica pode ser dividida em duas: a laparoscopia diagnóstica e a laparoscopia terapêutica. A laparoscopia diagnóstica é realizada para a investigação de uma condição clínica específica, como por exemplo para a investigação da endometriose, mesmo que o médico já tenha realizado anteriormente exames físicos e avaliação da história clínica da paciente. A laparoscopia terapêutica é usada como tratamento cirúrgico, ocorrendo por exemplo quando há a presença de uma pedra na vesícula, o que diminui os riscos de uma cirurgia convencional.

A técnica também pode ser aplicada na área ginecológica, sendo aplicada para o tratamento de problemas intra uterinos. A laparoscopia ginecológica consiste em pequenas incisões no umbigo e na área pélvica, onde o laparoscópio é usado para visualizar o trato genital da paciente, com a vantagem de ser uma técnica minimamente invasiva e delicada. Além disso, esse procedimento é considerado muito seguro pois são raros os casos de complicações pós operatórias, com uma rápida cicatrização, com baixo risco de contaminações após a cirurgia e desconforto pós operatório.

Como é realizada a laparoscopia?

A laparoscopia é um procedimento minimamente invasivo o que promove uma rápida recuperação pós cirurgia. A preparação para a operação varia de acordo com a finalidade e o local da cirurgia, mas no geral consiste na avaliação do quadro clínico do paciente, em uma avaliação geral por parte do anestesista, sendo também necessário um jejum de oito horas de alimentos sólidos e jejum de quatro horas de líquidos. A laparoscopia, de modo geral, é rápida e ocorre da seguinte forma:

  1. Pequenas incisões (com cerca de 0,5 cm a 1 cm) são realizadas na área do abdome. Após essa incisão, se insere gás carbônico (CO2) nessa incisão do abdome, essa etapa é importante pois é responsável por expandir a cavidade abdominal, criando um campo para o trabalho durante a cirurgia.
  2. Os instrumentos usados na cirurgia são inseridos através dessa incisão – esses instrumentos são similares aos usados em outras técnicas cirúrgicas, mas se diferenciam por serem mais delicados e menores pois são próprios para uma cirurgia minimamente invasiva. Juntamente com esses instrumentos, uma câmera também é inserida, ela é responsável por filmar o interior do abdome e transmitir em tempo real a imagem para a equipe através de um monitor de vídeo.
  3. Após a realização dos procedimentos, os instrumentos cirúrgicos que foram usados e o gás carbônico são retirados do abdome do paciente. É feita uma sutura no local da incisão, que demora alguns dias para cicatrizar e pode apresentar leves dores posteriormente. O trauma cirúrgico ocasionado por esse procedimento é bem menor quando se compara com uma técnica convencional, com baixos riscos pós operatórios.

Quando é recomendado realizar esse procedimento?

A laparoscopia é recomendada em casos de endometriose (tanto para diagnóstico quanto para o tratamento), cisto no ovário, retirada do útero, mioma uterino, gestação ectópica, doenças inflamatórias localizadas no sistema reprodutor feminino, procedimentos urológicos e para a coleta de material para a biópsia quando há suspeita de câncer, como o câncer ginecológico. A laparoscopia pode ter diversas finalidades variando de acordo com esses quadros clínicos, como por exemplo:

  • Endometriose: nos casos de endometriose, utiliza-se a laparoscopia para o ressecamento e cauterização das lesões causadas pela endometriose. Em casos mas graves, podem ser retiradas partes de órgãos que foram afetadas, como nos ovários. Por ser uma cirurgia mais complexa, o período de recuperação pode ser maior, variando entre uma a duas semanas.
  • Mioma uterino: nesse caso a laparoscopia pode ser usada para a remoção do mioma, ou do próprio útero caso a mulher não deseje ter filhos.
  • Gestação ectópica: quando há uma gestação fora do útero, como por exemplo nas tubas uterinas, a laparoscopia pode ser indicada para a retirada da tuba uterina ou a abertura da tuba uterina para retirada do trofoblasto.
  • Câncer ginecológico: quando há suspeita de câncer ginecológico, a laparoscopia pode ser usada para a coleta de materiais para a realização de biópsia e confirmação do diagnóstico. Além disso, pode ser usada também como tratamento, pois através dela é possível tratar cânceres como o do endométrio e do colo de útero.
  • Doenças inflamatórias no sistema reprodutor feminino: quando há a presença de sintomas e a suspeita dessas doenças inflamatórias, recomenda-se que seja realizada uma laparoscopia para confirmação do diagnóstico da doença. Os principais sintomas  dessas doenças inflamatórias são: hemorragia, presença de corrimento excessivo com odor desagradável e dores fortes ao urinar.

Existem algumas contraindicações para a realização da laparoscopia, como em casos de pacientes portadores de obesidade, com um histórico de grandes cirurgias realizadas anteriormente, ou com alguma complexidade individual que pode ocorrer dependendo do caso que pode ser detectada pelo médico antes da cirurgia.

Processo de recuperação da laparoscopia:

O processo de recuperação costuma ser rápido, variando de um a dois dias, e o paciente recebe alta no mesmo dia da realização da cirurgia. Embora haja algumas recomendações sobre repouso físico, o pós operatório não costuma apresentar complicações, mas é muito comum que pacientes relatem constante sensação de gases e desconforto para andar, que somem dias após o procedimento.

Quais os riscos da laparoscopia?

Como todo procedimento cirúrgico, mesmo que minimamente invasivo, existe algum risco. Problemas respiratórios e arritimia podem ocorrer devido a distenção abdominal e, além disso, o risco mais grave é a perfuração de órgãos vitais. Entretanto, quando a laparoscopia é realizada por profissionais especialistas em cirurgias minimamente invasivas, com experiência no assunto, a chance de isso ocorrer é mínima.

Optar por especialistas nesse tipo de cirurgia pode evitar diversas complicações. O Instituto Crispi é um pioneiro nessa área. Conheça mais sobre o procedimento e marque sua consulta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia Também

Conheça outros artigos publicados pela equipe do Instituto Crispi.

Nosso blog

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *