A endometriose é uma doença que caracteriza-se por implantes de tecido similar ao endométrio em locais onde deveria existir, e assim provocar um processo inflamatório, dor e as vezes cistos. É uma doença crônica e progressiva!
O objetivo do tratamento de endometriose é melhorar a qualidade de vida das pacientes, manter a fertilidade e função dos órgãos, assim como impedir a progressão da doença.
O tipo de tratamento é direcionado a paciente de acordo com as característica de sua doença (extensão, órgãos acometidos, etc), intensidade dos sintomas, tratamentos prévios, comorbidades, desejo de gestação, entre outros.
O tratamento cirúrgico está indicado naquelas pacientes que não tem melhora com o tratamento clínico, que tem disfunção em algum órgão por causa da endometriose, que possuem cistos ovarianos (endometriomas) maiores ou iguais a 04 cm, e/ou que possuem infertilidade associada.
É importante ressaltar que o tratamento cirúrgico não garante a cura definita da doença, pois outros fatores que desencadeiam o surgimento da patologia continuam a exigir no organismo da paciente: estimulo hormonal, fatores genéticos e imunológicos, fatores ambientais, etc. Portanto, mesmo após a correção cirúrgica da endometriose deve-se manter um acompanhamento clínico da doença e talvez até um tratamento clínico associado. O índice de recidiva pós cirúrgico da endometriose na literatura costuma atingir uma taxa de 20 a 50%, e sabe-se que as melhoras em relação a dor não são tão eficazes em um segundo procedimento cirúrgico. Logo, deve-se investir também em acompanhamento dessas pacientes que tenham indicação de abordagem cirúrgica.
Deixe um comentário