A adenomiose é a patologia uterina benigna caracterizada pela presença de tecido endometrial no miométrio (músculo do útero). Ela é responsável por sintomas como sangramento uterino anormal, dor pélvica e infertilidade.
As principais hipóteses da origem da adenomiose são: origem do tecido embrionário (ductos de Muller), invasão miometrial após perda da barreira fisiológica (estimulado pelo estrogênio), trauma cirúrgico, e alterações imunológicas e/ou genéticas.
A endometriose é uma das doenças benignas pélvicas que podem estar associadas a adenomiose em 20% dos casos. Sua origem é a mais semelhante das origens da adenomiose, apesar de não ser a patologia concomitante mais frequente.
Já os miomas estão associados a adenomiose mais frequentemente, presentes em 55% dos casos. A miomatose uterina e originária das células musculares lisas, e por ser a patologia uterina mais frequente na mulher em idade reprodutiva, justifica a alta incidância na adenomiose.
Os pólipos, que ocorrem pela proliferação do tecido endometrial na própria cavidade uterina ou canal cervical também estão presentes nos casos de adenomiose, em uma frequência mais baixa (2.3%).
É importante realizar o diagnóstico diferencial das doenças pélvicas presentes, para o acompanhamento dos sintomas e tratamento adequado. Para isto, existem métodos diagnósticos de imagem (ultrassom e ressonância magnética) e laboratório (marcadores tumorais) capazes de elucidar o diagnóstico. Assim, a paciente pode ser beneficada com a abordagem de duas entidades patologicas simultaneamente, indicando, portanto, a melhor conduta.
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