A adenomiose, que consiste na presença de tecido endometrial (camada que reveste a cavidade uterina) encontra-se no íntimo do miométrio (camada muscular uterina); por este motivo, alguns autores apelidam esta doença de “endometriose da musculatura uterina”; uma vez em que a endometriose é a presença de células endometriais em localizações ectópicas (fora do seu lugar fisiológico).
Os dois principais sintomas que as pacientes com esta doença apresentam são: sangramento menstrual aumentado/anormal (menorragia) e dor pélvica, principalmente aquela no período menstrual; sendo que muitas vezes esses sintomas estão associados.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da adenomiose foram estudados neste trabalho científico, são eles:
- Idade: Diferentemente da endometriose, esta doença acomete mais as pacientes entre 40/50 anos, em 80% das vezes essa faixa etária é acometida.
- Paridade: Muito mais frequente em pacientes multíparas (que já tiveram mais de um parto).
- Cirurgias uterinas: os “traumas”obstétricos, tanto as cesarianas, quanto as curetagens uterinas são comumente encontradas nas histórias de pacientes com adenomiose, constituindo um fator de risco mecânico de transporte das células endometriais pra o íntimo do miométrio.
- Tabagismo: a relação do fumo com esta doença é controversa, muitas doenças dependente de hormônios apresentam menor incidência em pacientes fumantes, contudo, grande parte dos trabalhos atuais sugerem que o tabagismo não interfere na prevalência desta afecção.
- Depressão e uso de anti-depressivos: estudos recentes comprovaram uma relação de maior prevalência da doença em pacientes com transtornos depressivos, principalmente, naquelas em tratamento com drogas anti-depressivas; esta relação parece ter a ver com a bioquímica do hormônio prolactina, capaz de promover multiplicação celular em tecidos endometriais ectópicos.
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