Adnexal Masses in the Premenopausal Patient

Tumores nos anexos uterinos (trompas e ovários) em mulheres no período pré-menopausa, muitas vezes são assintomáticos e podem ser incidentalmente encontrados durante exame físico ou exame de imagem. Particularmente a ultrassonografia é quase sempre utilizada como método inicial de rastreio para determinar a natureza da massa, que em sua maioria tem origem nos ovários.

Podem representar uma grande variedade de etiologias, tais como: tumores benignos ou malignos, cistos funcionais, ovários policísticos, gravidez ectópica, doenças inflamatórias e infecciosas das tubas uterinas ou ovários, endometriose ovariana, entre outras.

A avaliação para a malignidade deve incluir outros exames, como por exemplo: rastreio de marcadores séricos; sendo o mais comum o CA125. Quando os achados ultrassonográficos são fortemente sugestivos de doença benigna, o acompanhamento conservador, incluindo exames de imagem periódicos, pode ser considerado. Se a suspeita clínica de malignidade for alta o encaminhamento a um oncologista ginecológico é necessário.

Uma das questões mais desafiadoras das massas anexiais é quando são encontradas nas pacientes grávidas. Estas pacientes representam um grupo especial de mulheres na pré-menopausa. O uso rotineiro de ultrassonografia na gestação tem a capacidade de detectar esses tumores, ocorrendo em cerca de 8% das gestantes.

No primeiro trimestre da gravidez essas massas podem representar uma gravidez ectópica ou um corpo lúteo (processo ovariano fisiológico da gravidez). A ultrassonografia transvaginal geralmente permite a diferenciação dos dois.

A partir do segundo trimestre, os anexos ultrapassam a pelve devido ao crescimento uterino, tornando a ultrassonografia abdominal mais fidedigna para o rastreio. Quando é necessária uma avaliação adicional, a ressonância magnética é o método de escolha, por ser um método seguro na gravidez com excelente acurácia. O marcador sérico CA125, não costuma ser útil para a avaliação de malignidade na paciente grávida, devido a variações que podem normalmente ser vistas na gravidez.

 

As massas anexiais com achados ultrassonográficos benignos encontrados na gravidez irão se resolver espontaneamente em até 70% dos casos. A indicação de cirurgia na paciente grávida deve ser reservada para aquelas em que haja suspeição de malignidade ou quando há risco de complicações da gestação, como torção do anexo, rotura do cisto, impactação do tumor na pelve causando retenção urinária ou obstrução do trabalho de parto.

Quando a cirurgia é indicada, há melhores resultados maternos e fetais quando realizada entre 12 a 27 semanas de gestação. Importante salientar que a abordagem laparoscópica tem apresentado bons desfechos e não apresenta riscos maiores do que a abordagem laparotômica.

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