Adnexal Torsion: Review of the Literature

A torção anexial é considerada a quinta emergência cirúrgica ginecológica. A prevalência anual é de cerca de 2% a 6%. Afeta principalmente mulheres em idade reprodutiva, embora possa ser vista em qualquer faixa etária.

É definida como torção total ou parcial do ovário, da trompa ou ambos, levando a uma interrupção do fluxo sanguíneo, causando isquemia e até necrose do órgão. O diagnóstico e tratamento devem ser feitos de forma precoce, pois o atraso pode resultar em sequelas permanentes, incluindo a perda do ovário e até mesmo a morte.

Na maioria das vezes está associado a uma massa ovariana sólida ou cística com grandes dimensões. Outro fator de risco é o aumento volumétrico dos ovários por hiperestimulação hormonal em pacientes que se submetem a tratamento para infertilidade. A gravidez com tempo de gestação de até 20 semanas também tem uma maior incidência de torção ovariana, provavelmente pelo fato de o útero aumentado empurrar o ovário anteriormente, o que pode determinar uma torção.

O principal sintoma da torção ovariana é a dor intensa em região do baixo ventre de início súbito (90 a 100 %), outros sintomas podem ser incluídos como náuseas (70%) vômitos (45%) e febre (20%). Muitas vezes, confirmada pela ultrassonografia de urgência com ausência de fluxo ao doppler colorido.

O tratamento da torção ovariana é cirúrgico. Devido a recuperação mais rápida e por ser menos invasiva, indicamos preferencialmente a laparoscopia, para distorção do ovário. Muitas vezes apenas com a distorção conseguimos reestabelecer o fluxo sanguíneo e recuperar a função ovariana, contudo caso a abordagem seja demasiadamente demorada, a remoção do ovário acometido pode ser necessária.

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