Como reconhecer a ansiedade em si mesma e nos outros?

Conhecida como o mal do século, a ansiedade é uma das principais patologias que só no Brasil aflige mais de 18 milhões de indivíduos, sendo considerado o país que tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo.

Essa doença da mente se alastra como se fosse uma epidemia. Uma nação ansiosa gera uma sociedade histérica e estressada.

Não é difícil observar as pessoas na rua, andando apressadas, com uma expressão fechada, perdidas nos seus próprios mundos internos, indiferentes ao próximo.

Basicamente a ansiedade é sentir um medo extremo do futuro, com a sensação de que nunca somos bons o suficiente. Ela está muito ligada à baixa autoestima, que também é outro transtorno que acomete muitas e muitas pessoas.

Quem possui uma confiança estável, não tem tanto receio em arriscar, dispõe de uma estabilidade emocional maior, portanto não sofre tanto por antecipação.

Mas como saber se você sofre desse mal?

Alguns comportamentos, em excesso, são bastante característicos dessa doença. Se você se identifica com mais de três deles, respire fundo e comece a pensar em uma solução para aterrissar no presente e se acalmar de vez. Descubra quais são as consequências negativas da ansiedade:

1)Problemas de memória.

É óbvio que esquecer é normal, mas não se lembrar de palavras ou nome de pessoas que fazem parte do seu vocabulário cotidiano, pode ser o sinal de uma mente cansada e confusa.

2) Pensar demais.

Ruminação mental. Esse é o nome para o comportamento de quem volta ao passado muitas, e muitas vezes por dia. Geralmente essa ação é motivada pela culpa, aquela sensação de arrependimento, de que algo poderia ter sido melhor do que foi. Deixa disso, lembre-se que não existe o “se”.  Você fez o melhor que podia ter feito naquele momento.

3) Evitar as coisas.

Quando estamos ansiosos ficamos tão focados em pensar em todas as possibilidades do futuro, que nos esquecemos do momento atual. Isso nos faz adiar compromissos importantes. Tudo fica tão confuso e agitado na nossa cabeça, que não conseguimos nos concentrar em nada e as prioridades se diluem no ar.

4) Transpiração.

A sudorese acompanha os sintomas de ansiedade. Suar frio, principalmente nas mãos, sem motivo algum, pode ser um dos fenômenos da doença.

5)  Problemas Estomacais.

O excesso de adrenalina no sangue influencia no desempenho da digestão. Esse hormônio envia para o cérebro um recado de que devemos digerir a comida o mais rápido possível, pois algum perigo se aproxima. Com o tempo, sintomas de gastrite e enjoos começam a aparecer, fazendo parte da rotina de quem sofre com a doença.

6) Ataques de Pânico.

Um pico de ansiedade que parece vir do nada.  Falta oxigênio por todo o ambiente. As mãos suam, e a sensação de perigo a qualquer momento parece invadir a mente. Medo é a única coisa que se pensa.

7) Necessidade de afirmação.

Se afirmar nas redes sociais, em busca de uma pseudo popularidade para aumentar a baixa autoestima. Quem nutre esse tipo de sensação, vive o medo constante da rejeição. É preciso sempre mostrar, que está mais feliz, mais bem sucedido, e mais saudável que o outro.  Essa competição para saber que é o “melhor” gera ansiedade, pois nunca nos sentimos bem no lugar que estamos, temos que sempre está correndo atrás de um troféu imaginário.

8) Impaciência.

A ansiedade leva à agitação. Esperar é quase mortal para o ansioso, que vive tentando dar conta de tudo, mesmo que isso seja humanamente impossível.

9) Problemas de concentração.

Esse tópico está relacionado ao último. Querer fazer tudo ao mesmo tempo, significa não se concentrar em nada. A impaciência leva aos problemas de concentração. São tantos pensamentos correndo pela nossa cabeça, que as prioridades ficam soltas pelo ar.

10) Preocupação constante.

Sabe aquele tópico das crises de pânico?  Então, o tópico atual tem relação direta com ele. A preocupação constante vem da enxurrada de pensamentos alarmistas que criam um quadro de perigo frequente.

11) Falta de ar.

A respiração fica extremamente rápida. Inspiramos uma quantidade de ar absurda para dentro da gente. A sensação da falta de ar vem exatamente pelo fato dos pulmões ficarem tão cheios, que nenhuma molécula de oxigênio consegue ser absorvida. Por isso quando se sentir assim, apenas expire e solte o ar para fora.

12) Dores de cabeça.

A adrenalina em excesso causa a cefaleia. O estado de perigo é tão constante que basicamente, o sintoma da dor de cabeça já é sua mente exausta, implorando para descansar.

13) Batimentos acelerados.

Quando a respiração fica mais rápida, o fluxo de oxigênio absorvido aumenta, portanto a quantidade de circulação sanguínea acelera também. O coração, que bombeia o sangue para organismo, consequentemente tem seus batimentos intensificados.

14) Insônia.

Mais uma vez, a protagonista adrenalina entra com tudo em cena. A ansiedade faz o organismo se acostumar com o estado constante de perigo. É claro que o sono é afetado também. No horário de descanso o corpo está em alerta.

Conclusão

Caso esses sintomas se manifestem em excesso, procure um profissional que possa lhe ajudar a se acalmar e principalmente melhorar a sua autoestima. Lembre-se que por trás de todo quadro de ansiedade, há uma autoimagem distorcida de si mesmo.

Como a ansiedade é uma doença mental, é importante, também, encontrar algum tratamento de cura alternativo.  Meditar e fazer exercícios físicos são maneiras naturais de esvair toda essa energia desnecessária que está acumulada.

Alimentos saudáveis como legumes e verduras além de fazerem bem à saúde, fornecem uma grande sensação de leveza e “limpeza”. Parece que não, mas essa percepção contribui para o bem estar e a consequente tranquilidade.

Hábitos saudáveis proporcionam mudanças saudáveis!

 

 

 

 

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