A endometriose é hoje uma das doenças mais conhecidas dentre as doenças ginecológicas, sendo temida principalmente pelas mulheres em idade fértil, a faixa etária mais acometida pela doença. A endometriose é caracterizada pelo crescimento anormal do tecido endometrial em locais fora da cavidade uterina, como intestino, bexiga e vários outros órgãos. Esse crescimento anormal pode gerar diversas consequências negativas, como desconfortos, dores e até mesmo infertilidade.
A endometriose acomete anualmente milhares de mulheres, principalmente entre 25 e 35 anos, que em casos assintomáticos costumam descobrir a doença ao ter dificuldade para engravidar. No entanto, a doença também pode acometer adolescentes, de forma precoce. Embora ainda não exista um consenso sobre a causa da endometriose, diversas teorias foram criadas para explicar a origem da doença e quais métodos podem ser usados para evitar os agravos da doença, como o diagnóstico precoce.
A endometriose acarreta diversas consequências para a saúde da mulher, além de diversos problemas para o seu dia a dia, como problemas para realização de atividades diárias, pois muitas mulheres têm sintomas tão intensos ocasionados pela endometriose que acabam tendo dificuldade para trabalhar, estudar ou se exercitar. Além disso, a endometriose é associada também com casos de depressão, pois as mulheres que possuem a doença estão mais propensas a desenvolverem a depressão, em decorrência dos sintomas desencadeados pela endometriose, que impactam na saúde e qualidade de vida da paciente.
Embora a endometriose possua tratamento, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores as consequências para a vida da mulher, sendo extremamente importante que ela acompanhe regularmente sua saúde ginecológica, principalmente em casos onde há fatores de risco para o desenvolvimento da doença, como citaremos no decorrer do texto.
O que causa a endometriose?
A endometriose não tem sua causa totalmente elucidada, sendo que eram anteriormente propostas teorias de que a doença era desencadeada pela menstruação retrógrada. No entanto, hoje já se sabe haver fetos com endometriose, comprovando haver mulheres que já nascem com predisposição para desenvolver a endometriose (por isso mulheres com casos de endometriose na família têm maior tendência a desenvolver a doença).
Há também outros fatores de risco associados com a causa da doença, como:
- Sedentarismo: mulheres que não praticam atividade física têm maior predisposição a desenvolver a doença;
- Obesidade: mulheres com obesidade têm maior risco de desenvolver a doença, principalmente quando a obesidade é associada com o sedentarismo;
- Alimentação desequilibrada: uma alimentação saudável, com o consumo adequado de frutas e verduras, pode contribuir para evitar o desenvolvimento da doença;
- Uso de métodos contraceptivos hormonais combinados, como o uso associado de progesterona e estrógeno;
Como a mulher descobre a endometriose
Em muitos casos a endometriose, a endometriose é sintomática, com a presença de sintomas característicos, como:
- Cólicas menstruais fortes (que são consideradas normais por muitas mulheres);
- Cólicas fora do período menstrual (caracterizadas por dores intensas e constantes na região pélvica);
- Ciclo menstrual irregular;
- Fezes ou urina com sangue (geralmente associados com o crescimento de tecido endometrial na bexiga ou intestino);
- Constipação, sintoma também associado com o crescimento do tecido endometrial no intestino;
- Dor intensa nas relações sexuais.
No entanto, existem casos onde a dor não é sintomática, o que dificulta o diagnóstico da doença. Nesses casos, o diagnóstico é geralmente dado após a suspeita da endometriose por conta de um exame de rotina ou então por uma suspeita de endometriose decorrente da dificuldade para engravidar encontrada pela mulher.
Como a endometriose pode gerar diversas consequências para a saúde ginecológica da mulher, o diagnóstico precoce da doença é extremamente importante para o sucesso do tratamento. Isso, porque quanto mais cedo a endometriose começar a ser tratada, menores as consequências que ela trará para a saúde da mulher, tanto saúde física quanto psicológica.
Em casos assintomáticos, ou onde os sintomas são negligenciados (como no caso das cólicas consideradas “normais” para as mulheres), o diagnóstico depende muito de como a mulher lida com sua saúde ginecológica. Nos casos onde a mulher passa regularmente com o ginecologista e realiza exames de rotina, esse diagnóstico é dado mais rápido, logo no início da doença, o que aumenta muito as chances de um tratamento mais efetivo e com menos danos para a paciente.
Muitas mulheres acabam considerando que sintomas como cólica e menstruação irregular são sintomas normais do período menstrual, mas não são. Por isso, é importante reforçar a importância de se consultar regularmente com um ginecologista. Ao se consultar regularmente com o ginecologista, a paciente pode:
- Identificar possíveis doenças ginecológicas, como endometriose, tumores uterinos, além de diversas outras doenças que precisam de um tratamento imediato;
- Cuidar de sua saúde ginecológica e mental, pois doenças como a endometriose podem acarretar diversos danos para a vida da mulher, como problemas no ambiente de trabalho, sintomas que a impedem de ter uma vida saudável;
- Conhecer mais sobre a sua saúde, pois ao entender mais sobre seu corpo e saúde ginecológica é possível melhorar o seu estilo de vida (como alimentação e atividade física) o que traz inúmeros benefícios para sua qualidade de vida.
É importante que a mulher possa contar com profissionais especializados na área, que podem oferecer todo o suporte para doenças ginecológicas que precisam de tratamento precoce, como é o caso da endometriose. O tratamento da endometriose pode ser mais simples (como com o uso de medicamentos) ou então mais complexo (como a retirada do útero) sendo que tudo depende da evolução da doença e da paciente. Por isso, é extremamente importante que a paciente se consulte com um profissional da área disposto a orientá-la da melhor forma.
Se você não tem o costume de se consultar com um ginecologista ou de realizar exames de rotina, agende hoje mesmo sua consulta com um dos profissionais do Instituto Crispi (clique aqui para agendar a sua consulta) e comece a cuidar de sua saúde ginecológica.
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