A enfermidade é marcada pela difusão de focos sobre o tecido que reveste a cavidade interna da barriga, o peritônio.
Os níveis de intensidade da doença são categorizados de acordo com a profundidade das lesões. Focos com mais de 5 mm de profundidade, caracterizam o estágio mais severo da doença.
Uma das consequências desse nível de endometriose são as aderências. Elas fazem a conexão entre dois tecidos que naturalmente não apresentariam esta íntima relação. Em primeira instância elas são assintomáticas, depois podem apresentar como único sinal a infertilidade.
A formação das aderências ocorre mediante a mecanismos inflamatórios múltiplos. Elas podem se apresentar desde uma fina camada de tecido conectivo até firme contato direto entre a superfície de dois órgãos.
Outra característica da endometriose profunda é atingir os órgãos que estão localizados atrás do útero. Ou seja, ligamentos, intestinos e parte superior do útero e vagina.
A endometriose intestinal, é a principal desse segmento. Ela pode levar à sintomas como dispareunia (dor na relação sexual), dor pélvica, disquezia (dor na evacuação), hematoquezia (saída de sangue nas Fezes), constipação e até obstrução intestinal.
Apesar do intestino ser a região mais afetada (90%), a endometriose pode localizar-se também no apêndice, cólon e intestino delgado.
A cirurgia, nestes casos, é indicada quando os sintomas são resistentes ao tratamento clínico, quando há disfunção intestinal, ou ainda quando há indicação cirurgia por outras lesões associadas.
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