Histeroscopia: o que é e como funciona o procedimento

Histeroscopia é o nome que se dá ao exame capaz de visualizar toda a cavidade uterina e identificar possíveis doenças dentro do útero, como se fosse uma endoscopia realizada no útero.
O procedimento é realizado por dentro da vagina e do canal do colo de útero, através de uma fina ótica que permite essa visualização detalhada da cavidade interna. É considerado um procedimento seguro, indicado em diversos casos por ser minimamente invasivo e ter um pós-operatório rápido e sem complicações na maioria dos casos.

Existem dois tipos de histeroscopia: a cirúrgica e a diagnóstica. A histeroscopia diagnóstica pode ser realizada até mesmo em consultório, e tem como objetivo apenas a visualização interna do útero. Já a histeroscopia cirúrgica é indicada quando há a detecção de alguma doença ou alteração, tendo como objetivo o tratamento dessa alteração.

Como funciona a histeroscopia

Após a indicação de histeroscopia, a paciente deve agendar o procedimento e se atentar às recomendações que devem ser seguidas antes do exame, seja ela cirúrgica ou diagnóstica, o processo de preparação é bem parecido e simples. Veja a seguir como ocorre o procedimento em cada tipo de histeroscopia.

Como funciona a histeroscopia Diagnóstica:

  • Preparação: a paciente deve evitar relações sexuais nas 72 horas antes do procedimento e não deve passar cremes/pomadas na vagina neste mesmo período, pois esses fatores podem interferir no exame. Durante todo o procedimento a paciente pode sentir cólicas parecidas com as cólicas menstruais, sendo recomendado tomar o remédio para cólica habitual entre 30 e 20 minutos antes do procedimento.
  • Realização: a paciente não pode estar menstruada no momento do procedimento, uma vez que o sangue pode inviabilizar a visualização do útero. O histeroscópio é introduzido na vagina da paciente e através do canal do colo uterino o histeroscópio chega na cavidade endometrial, iluminando toda a cavidade para a visualização, além de liberar um soro fisiológico que é responsável pela distensão da cavidade uterina. Ainda no histeroscópio há uma câmera que fica acoplada, que permite que o médico visualize toda a cavidade em tempo real através de uma tela (como em uma videolaparoscopia).
  • Pós operatório: o pós operatório costuma ser simples e rápido. A paciente deve ser mantida em observação entre 30 e 60 minutos e caso não haja nenhuma complicação é liberada.

Se houver algum tipo de complicação pode ser que o médico solicite a internação por um período de 24 horas. Há casos em que a mulher fica com dores abdominais após o procedimento, além de sangramento vaginal. Além disso é recomendado que a paciente procure um médico em casos de febre, calafrios ou sangramentos muito intensos.

Como funciona a histeroscopia Cirúrgica:

  • Preparação: por se tratar de um procedimento cirúrgico, nesse tipo de histeroscopia é necessário que a paciente seja anestesiada, e por isso recomenda-se que a paciente esteja em jejum de no mínimo oito horas antes do procedimento. Há casos também onde o médico indica que a paciente tome um comprimido anti-inflamatório antes da realização do procedimento.
  • Realização: a paciente é submetida a uma anestesia geral, e assim como na histeroscopia diagnóstica, o histeroscópio também é introduzido pela vagina até atingir o útero. Após a introdução do histeroscópio, é introduzido também dióxido de carbono em forma de gás ou em fluido para que haja a expansão do útero e o exame possa ser realizado, e geralmente isso não costuma gerar desconfortos para a paciente. O procedimento é rápido e o tempo de realização varia de acordo com a extensão da cirurgia.
  • Pós operatório: as complicações que podem ocorrer no pós operatório são similares com as que podem ocorrer na histeroscopia diagnóstica, como dores abdominais e sangramentos, e em caso de febre, sangramento intenso ou calafrios o médico deve ser procurado para que haja uma reavaliação.

Para que a histeroscopia é indicada?

A histeroscopia pode ser indicada pelo ginecologista em diversos casos e para diversas finalidades, como:

  • Remoção de pólipos endometriais ou endocervicais;
  • Remoção de miomas, mas apenas os submucosos;
  • Investigação de sangramento excessivo do útero (extremamente importante em mulheres perto da menopausa ou na menopausa);
  • Lise de sinéquias intra-uterinas, responsável por desfazer aderências uterinas que podem dificultar a gravidez ou a menstruação da paciente;
  • Avaliação da cavidade endometrial antes de realizar os procedimentos necessários para a fertilização in vitro;
  • Tratamento de malformações uterinas, evitando abortos.

Como saber se preciso realizar a histeroscopia?

O exame de histeroscopia é comumente solicitado pelos médicos após uma ultrassom da pelve e pode ser realizado por mulheres de todas as idades. Por se tratar de um exame com equipamentos delicados, pode ser realizado em mulheres virgens.

A histeroscopia pode evitar diversas complicações de doenças uterinas, sendo muito importante que a mulher consulte um médico regularmente. O procedimento é indicado quando o ginecologista suspeita de alguma alteração na cavidade uterina, como a presença de miomas, sendo recomendado principalmente em casos onde há a presença de sangramento anormal. A histeroscopia também é indicada em casos onde há a dificuldade para engravidar ou o histórico de abortos.

O Instituto Crispi é especializado em cirurgias minimamente invasivas, sendo um dos maiores institutos da área. Além disso, contamos com profissionais especializados na área, trazendo mais conforto para a paciente e mais segurança para o procedimento. Para conhecer mais sobre o procedimento de histeroscopia, acesse o site do Instituto Crispi e agende a sua consulta e procedimento hoje mesmo.

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