Também conhecido como fibrose uterina, o mioma uterino é um tumor que afeta mulheres em idade fértil, causando fortes dores abdominais, aumento do fluxo menstrual e outros desconfortos. Assim como a endometriose, o mioma é associado com a desordem hormonal que pode afetar a vida da mulher, mas em parte dos casos (quase 30% das pacientes) não se manifesta de forma sintomática, dificultando o diagnóstico.
Estima-se que 50% das mulheres em idade reprodutiva possuem esse tumor considerado benigno em alguma fase da vida. No ano de 2012, um estudo mostrou que 33 mulheres são internadas diariamente por conta dos sintomas do mioma uterino, um número muito alto para esse tumor.
O mioma uterino é o nome dado a uma desordem hormonal que acarreta em um enovelamento das fibras musculares uterinas, formando nódulos nesta região. Frequentemente, os miomas estão localizados no trato genital feminimo, e geralmente são múltiplos. Eles também podem ser divididos em duas classes: subserosais e intramural.
Os subserosais são os nódulos que se desenvolvem na superfície da camada uterina, e que geralmente as pacientes não apresentam sintomas. Já o mioma uterino intramural é o tipo de mioma que se desenvolve dentro da cavidade uterina, afetando o endométrio e gerando sintomas característicos, como aumento do fluxo menstrual, dores intensas durante a relação sexual e dores intensas na região do abdômen, sintomas bem parecidos com os da endometriose.
Como o mioma uterino aparece
Os miomas uterinos são frequentes entre as mulheres em período reprodutivo, sendo diretamente associado com um desequilíbrio hormonal, pois o estrogênio é considerado o principal causador do desenvolvimento desse tumor. O mioma uterino começa a crescer com a liberação desse hormônio, que ocorre durante o período fértil da mulher, e por isso o crescimento do mioma tende a diminuir com o surgimento da menopausa.
Em contrapartida, durante a gravidez o nível desse hormônio aumenta e consequentemente o surgimento e crescimento desses miomas pode aumentar. Além disso, o aparecimento de miomas uterinos é associado também com fatores genéticos (hereditários) e de estilo de vida, como obesidade e a nuliparidade (aquelas mulheres que nunca tiveram filhos).
Como ocorre o diagnóstico e tratamento dos miomas uterinos
É comum que o mioma seja descoberto em um exame ginecológico de rotina, e a paciente fique preocupada com isso. Entretanto, por se tratar de um tumor benigno e com baixa incidência de complicações, a mulher só deve se preocupar com o mioma caso os sintomas estejam afetando sua saúde e o seu dia a dia.
Os principais exames diagnósticos para detecção de miomas uterinos são os de imagem (como a ultrassonografia) e os exames de sangue. Assim, esse diagnóstico geralmente acontece por conta dos exames de rotina, principalmente nos casos de mulheres que não apresentam sintomas, reforçando a importância de realizar consultas ginecológicas frequentemente.
Em casos onde o mioma está afetando a saúde da mulher, com dores intensas ou então com os sintomas relacionados, como o surgimento de anemia, inicia-se um tratamento. O tratamento do mioma uterino é recomendado pelo ginecologista, sendo bem parecido com o tratamento da endometriose, podendo ser cirúrgico ou medicamentoso, de acordo com a gravidade.
O tratamento medicamentoso consiste no uso de medicamentos, principalmente os anticoncepcionais, com o objetivo principal de inibir o crescimento do mioma. Já o tratamento cirúrgico consiste na retirada do mioma ou do útero, dependendo do grau de gravidade desse mioma. A melhor opção de tratamento deve ser estabelecida avaliando a quantidade de miomas, o tamanho desses miomas e o desejo da mulher de ter filhos futuramente.
Quando você deve se preocupar com a presença de um mioma?
Embora se trate de um tumor benigno e as chances de evolução para um tumor mais grave sejam baixas, é importante que a mulher acompanhe um ginecologista regularmente, seja para a identificação dos miomas uterinos ou então para a monitorização dos mesmos. A gravidade dos miomas depende de diversos fatores, como idade, hereditariedade, hábitos de vida, se a mulher teve ou não filhos, por isso é importante que haja um acompanhamento médico regular.
Mulheres que têm miomas podem engravidar?
Diferente da endometriose, o mioma uterino não causa a infertilidade e não é associado com problemas durante a gestação. Como comentamos no início do artigo, em situações de gravidez pode haver um aumento do crescimento desses miomas, por conta do aumento hormonal de progesterona. No entanto, são raros os casos em que a presença de miomas pode acarretar em complicações para a gestação.
Em casos onde a presença de miomas pode afetar o feto, o médico monitora e acompanha o surgimento de possíveis sintomas, como sangramentos externos, dores abdominais intensas e problemas com o feto. Com esse monitoramento ele pode intervir caso necessário, garantindo a segurança do feto e da gestante. Portanto, em casos de miomas, as gestantes devem manter a calma, frequentar o médico regularmente e se atentar aos sinais de seu corpo.
É sempre importante reforçar a importância de se consultar com um ginecologista regularmente e realizar os exames de rotina. Por mais que o mioma uterino seja um tumor benigno e não cause tantas complicações para a mulher, há outras dezenas de doenças ginecológicas que podem pôr em risco a saúde da mulher e até mesmo sua fertilidade.
Poder contar com profissionais especialistas na área torna o processo de diagnóstico e tratamento mais seguros. Se você ainda não conhece o Instituto Crispi, acesse nosso site e conheça mais sobre nosso trabalho agendando sua consulta hoje mesmo.
Deixe um comentário