Entenda o que é a disfunção do assoalho pélvico e como isso pode afetar a sua saúde

Diversas mulheres sofrem diariamente com problemas de cunho ginecológico, que podem variar desde problemas mais leves, que geram apenas desconfortos, até problemas mais complexos, que afetam diretamente a vida da mulher, interferindo em seu dia a dia e desempenho profissional e pessoal.

Em muitos casos, o problema é associado diretamente com uma disfunção fisiológica da paciente, as vezes passando despercebida no dia a dia da paciente, que apenas considera os sintomas da disfunção como normais.

Dentre as principais disfunções que podem afetar a saúde ginecológica da mulher, uma das que mais acomete as mulheres adultas é a disfunção do assoalho pélvico.

O que é o assoalho pélvico e qual a sua importância

O assoalho pélvico é um conjunto de músculos e ligamentos que são responsáveis por sustentar os órgãos pélvicos, como a bexiga. Esse conjunto funciona como uma base para esses órgãos, então essa base deve estar com sua força preservada para poder sustentar os órgãos de forma adequada. Quando ocorre a disfunção do assoalho pélvico, essa base perde sua função por ser enfraquecida, ou ser afetada por outros fatores.

A disfunção do assoalho pélvico pode desencadear diversos resultados negativos, além dos sintomas, como:

  • Síndromes e infecções, como a infecção urinária, que pode agravar ainda mais os sintomas da disfunção;
  • Disfunção sexual, além de dores durante a relação sexual;
  • Constipação intestinal ocasionada pela disfunção, que pode evoluir para lesões graves.
  • Como a disfunção do assoalho pélvico se manifesta

Existem condições que acabam por afetar a função do assoalho pélvico, como o caso da gestação, onde há um aumento de pressão do assoalho pélvico. A disfunção do assoalho pélvico pode se manifestar através de três formas principais:

  • Incontinência urinária, que ocorre quando a paciente não possui controle da bexiga;
  • Incontinência fecal, que ocorre quando a paciente não possui controle do intestino;
  • Prolapso do órgão pélvico, que ocorre quando a paciente possui o suporte dos órgãos e eles acabam se deslocando e causam dores no canal vaginal.

A disfunção do assoalho pélvico é caracterizada por alguns sintomas específicos, sendo que os principais são:

Problemas urinários recorrentes

Uma das principais manifestações da disfunção do assoalho pélvico é alterações no hábito urinário, como por exemplo a vontade de urinar constantemente. Essas alterações podem ser confundidas com outras causas, como infecção urinária, e nesses casos o diagnóstico pode ser dificultado.

Problemas de hábito intestinal

Outros sintomas recorrentes em casos de disfunção do assoalho pélvico são alterações no hábito intestinal, principalmente a constipação ou dores intestinais. Há casos em que os problemas são tão graves e não são tratados, que podem resultar em lesões que necessitem de tratamentos específicos e até mesmo intervenção cirúrgica, como em casos de incontinência anal.

Dores

As dores são comuns em casos de disfunção do assoalho pélvico, principalmente dores em órgãos pélvicos e durante relações sexuais. Essas dores em muitos casos são ignoradas pela paciente, ou então não são associadas com a doença, ressaltando a importância de se consultar regularmente com um ginecologista.

Principais causas da dor pélvica

A dor pélvica pode ter diversas causas, sendo que as principais são: causas musculares, causas neurais e ginecológicas.

  • Causas musculares das dores pélvicas

As causas musculares podem ocasionar as dores pélvicas, pois os músculos são os responsáveis pelo suporte, contração e relaxamento. Quando esses músculos estão enfraquecidos ou com alguma deficiência, pode ocorrer incontinência urinária ou fecal, além da queda de órgãos pélvicos.

  • Causas neurais das dores pélvicas

As causas neurais estão diretamente relacionadas com a compressão crônica do nervo, ocasionando dores fortes. Quando as dores são ocasionadas por essa compressão, elas são agravadas quando a paciente está sentada, sendo que em casos onde a paciente trabalha sentada essa dor se torna um grande problema no dia a dia da paciente.

  • Causas ginecológicas das dores pélvicas

As dores pélvicas também podem ser ocasionadas por causas ginecológicas, principalmente por doenças ginecológicas, como a endometriose. Nos casos de endometriose, alguns dos sintomas clássicos da doença são agravados, como as dores pélvicas.

Como funciona o tratamento da disfunção do assoalho pélvico

Quando a disfunção do assoalho é detectada pelo médico, é necessário iniciar o tratamento para evitar o agravo da condição clínica. As principais formas de tratamento atualmente são através da fisioterapia, cirurgia e uso de medicamentos.

  • Tratamento fisioterápico

Como o assoalho pélvico é composto por músculos e servem como base para os órgãos pélvicos, ele deve estar fortalecido. Por isso, através da fisioterapia é possível fortalecer esse conjunto de músculos, melhorando a disfunção do assoalho pélvico. Com a fisioterapia também é possível aprender a coordenar os movimentos dos músculos do assoalho pélvico.

  • Tratamento medicamentoso

Em casos onde apenas o tratamento fisioterápico não é efetivo, o médico pode indicar o tratamento medicamentoso. O tratamento medicamentoso consiste na administração de remédios como relaxantes musculares. No entanto, é extremamente indicado que a paciente procure um médico em caso de dores e jamais se automedique.

  • Tratamento cirúrgico

Há casos onde nem o tratamento fisioterápico e medicamentoso não resultam em efeitos, e nesse caso é necessária uma intervenção cirúrgica. Nesses casos, o especialista avalia quais as intervenções necessárias e se a disfunção do assoalho pélvico resultou em alguma consequência grave para a saúde da paciente.

Em casos de sintomas, procure um especialista!

Para prevenir a disfunção do assoalho pélvico ou então tratar a disfunção, é indicado que a paciente esteja atenta aos principais sintomas, principalmente os urinários.

A consulta regular com um ginecologista pode prevenir diversas doenças, além de auxiliar no diagnóstico precoce, que auxiliam no sucesso do tratamento. Além disso, é importante ressaltar que a paciente nunca deve se automedicar em casos de dores extremas, sendo necessário sempre consultar um especialista. 

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