Polipectomia

Os pólipos endometriais representam uma doença muito frequente na população feminina e causam sintomas inespecíficos. Na realidade, a maioria dos pólipos se apresenta de forma assintomática, como por exemplo, em mulheres no período pós-menopausa cerca de 75% dos casos não geram sintoma algum. O pólipo endometrial é um tumor benigno oriundo do tecido endometrial na cavidade uterina.

A histeroscopia é o método diagnóstico padrão-ouro, ou seja, o melhor exame para diagnóstico da doença. Além do diagnóstico, o tratamento dos pólipos endometriais é feito pela histeroscopia cirúrgica. Dependendo do tamanho e tipo de pólipo, este tipo de cirurgia pode ser feita com uma pinça ambulatorialmente ou em centro cirúrgico com o uso de um instrumental chamado ressectoscópio. O ressectoscópio utiliza uma alça ou ponteira com energia elétrica para retirada do pólipo.

A introdução deste instrumental exige uma dilatação do colo uterino já que sua dimensão é maior que a do canal cervical. Esta dilatação tem consequências principalmente para as pacientes que ainda têm desejo reprodutivo, como estenose cervical, incompetência istmocervical, risco maior de falso trajeto e perfuração. E quanto maior a necessidade de dilatação, maior a incidência destas possíveis complicações. O ressectoscópio original tem um diâmetro de 01 centímetro, e assim, visando diminuir os riscos, foram desenvolvidos ressectoscópios mais finos (mini-ressectoscópios).

Foi realizado um estudo para avaliar a aceitação e viabilidade do uso de ressectoscópio de 16Fr, que é o equivalente a um diâmetro de aproximadamente 5 mm, em ambulatório sem anestesia e/ou analgesia para a realização de polipectomia. Foram realizadas com sucesso 175 polipectomias em um único procedimento, apenas com uma pacientes necessitando complementar o procedimento cirúrgico em um Segundo tempo. Apenas 07 pacientes (3.84%) não conseguiram realizar o procedimento ambulatorialmente por dor pélvica intensa. Não houve outras complicações. Portanto, é viável e aceitável realizar a polipectomia com miniressectoscópio em ambulatório sem a necessidade de anestesia e/ou analgesia.

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