Saiba se você sofre com a síndrome dos ovários policísticos!

A síndrome do ovário policístico (SOP) é aquela onde as mulheres portadoras da síndrome possuem ovários resistentes a estimulação hormonal do hipotálamo (hormônio folÍculo estimulante e fator luteinizante). Por causa desta disfunção, a ovulação fica prejudicada formando diversos cistos persistentes e que modificam o tecido ovariano.

A portadora deve preencher pelo menos dois dos critérios de Rotterdam, que são: anovulação (falta de ovulação), hiperandrogenismo (aumento dos hormônios andrógenos) e ovários com morfologia de múltiplos cistos.

Sabe-se também que a síndrome está associada a uma síndrome metabólica, e normalmente ocorre conjuntamente a obesidade e, principalmente, diabetes mellitus.

Os sintomas esperados para as portadoras da síndrome são puberdade precoce, hirsutismo, acne, seborréia, alopecia, distúrbios menstruais e disfunção ovulatória com infertilidade durante a vida reprodutiva, síndrome metabólica, disfunção psicológica e virilização.

Alguns dos sintomas podem ser controlados com o uso de anticoncepcionais, principalmente os antiandrogênicos. Mas algumas características da síndrome como intolerância a glicose, obesidade e hirsutismo exigem medicamentos ou/e tratamentos específicos.

A síndrome é uma doença genética na qual a paciente deve conviver durante toda vida. A vida reprodutiva pode ser afetada mas há medicamentos indutores da ovulação para auxiliar a tentativa de gestação sem métodos laboratoriais.

Gravidez e SOP

As pacientes com SOP que desejam gestar podem precisar de um indutor de ovulação chamado de citrato de clomifeno. Porém, algumas destas mulheres serão resistentes ao estímulo desta substância e precisarão de outras técnicas para estimular a ovulação. Uma das técnicas utilizadas é o drilling ovariano, realizado pela laparoscopia, onde são feitas diversas drenagens nos cistos ovarianos promovendo melhora inclusive dos padrões hormonais.

Apesar disto, há uma substância utilizada como alternativa na indução de ovulação pelas clínicas de reprodução, nestas pacientes resistentes, chamada letrozol. Foi publicado recentemente, um estudo comparando o Letrozol e o drilling ovariano nas mulheres resistentes ao citrato de clomifeno com desfechos reprodutivos melhores (taxa de aborto 6.9%X15.8%, gestação 40.8%X27.1%, e taxa de nascidos vivos 38%X22.9%) no grupo de pacientes que utilizou O letrozol, sugerindo a medicação como tratamento de primeira escolha nas pacientes com SOP e resistentes ao citrato de clomifeno.

 

 

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